O Colégio Registral do Rio Grande do Sul nasceu da
necessidade de registradores gaúchos possuírem uma associação representativa própria que
pudesse defender a classe e padronizar os procedimentos. No final da década de 1970 e no
início da década de 1980, o serviço registral passava por uma grande insegurança, tanto
institucional, quanto jurídica e o nascimento da entidade viria para unir os
profissionais.
À época havia uma dispersão de registradores que, sem possuírem referencial
associativo, procuravam resolver seus problemas e enfrentar as ameaças aos serviços a
seu modo. O trabalho era tão solitário, que no 2º Encontro dos Oficiais de Registro de
Imóveis do Brasil, realizado em Salvador (BA), em 1975, compareceram 28 registradores
gaúchos, e quase todos não se conheciam.
Despertados então pela necessidade de buscar a união da classe, dois eventos
preliminares foram decisivos para a criação da entidade. Realizados no decorrer de 1979,
nas cidades de Ijuí (RS) e São Luiz Gonzaga (RS), os encontros aproximaram os
registradores e seus interesses, fazendo com que saíssem do isolamento de suas
serventias e conhecessem uns aos outros.
Em 1980, durante o 9º Encontro do Instituto de Registro de Imóveis do Brasil
(IRIB) em Blumenau (SC), os registradores então presentes decidiram por fundar uma
entidade gaúcha para defesa e representatividade da classe. Era o início do movimento de
luta pela classe registral no Estado.
Foi então que em 14 de novembro de 1980, no Teatro do Instituto de
Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPERGS), fundaram o Colégio Registral do Rio
Grande do Sul. Seu primeiro presidente foi o registrador Oly Érico da Costa Fachin (in
memoriam).
Em uma trajetória de diversas lutas, uma das principais vitórias do Colégio
Registral do Rio Grande do Sul – e considerada a maior de todas em 40 anos de atuação –
foi a contribuição para consolidação do sistema privatizado dos serviços notariais e
registrais. A Assembleia Estadual Constituinte, que contou com uma intensa participação
da entidade e de registradores gaúchos na reversão da estatização dos registros (que se
consolidou com a edição da Constituição de 1988), também foi uma afirmação da grandeza e
do potencial da classe, que apresentou uma emenda popular com mais de 20 mil
assinaturas.
Outra grande conquista da entidade foi a criação do grupo de Perguntas &
Respostas, desenvolvido para auxiliar registradores de todas as Regiões do Estado,
alinhando a expertise da prática registral com o conhecimento teórico de grandes
juristas. Com o advento dos sistemas eletrônicos, o site do Colégio Registral do Rio
Grande do Sul, que contém a sessão de Perguntas & Respostas, segue como um dos mais
acessados do Brasil sobre a área.
Nestes 40 anos, a entidade atua promovendo o contínuo aperfeiçoamento dos
serviços prestados aos usuários e no aprimoramento da legislação referente ao registro
de imóveis, ao registro civil de pessoas jurídicas e ao registro civil de pessoas
naturais.