Projeto 40 Anos Fazendo História entrevista Mário Mezzari – Presidente do Colégio Registral do RS gestão 2010/2011 e 2014/2015

#40anoscolégioregistraldors Nesta série de vídeos e entrevistas, o Colégio Registral do Rio Grande do Sul busca contar um pouco de sua história e de seus 40 anos de atuação e representação, por meio da vivência daqueles que passaram pela Presidência da entidade. O objetivo é compartilhar experiências e relembrar a passagem destas pessoas que são memórias vivas da instituição. Confira abaixo a segunda entrevista da série, com o ex-presidente Mário Pazutti Mezzari, que esteve à frente da entidade por duas vezes, nas gestões 2010/2011 e 2014/2015.

"Hoje somos uma classe com suficiente união para enfrentar os constantes desafios” Mário Pazutti Mezzari, ex-presidente (gestão 2010/2011 e 2014/2015) 
Mário Pazutti Mezzari iniciou na carreira extrajudicial aos 14 anos e, aos 26, assumiu como titular do Registro de Imóveis da 1ª Zona de Pelotas (RS). Foi escrevente, ajudante substituto e auxiliar de serviços gerais em diversas serventias antes da titularidade, passando pelo Serviço do Registro de Imóveis de Montenegro, pelo Tabelionato de Protestos de Montenegro, pelo Registro Civil de Pessoas Jurídicas de Montenegro, pelo Registro de Títulos e Documentos de Montenegro, dentre outras. Formado em Ciências Sociais e Jurídicas pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), o registrador de imóveis lecionou em cursos de especialização e pós-graduação na Unisinos e na Faculdade de Direito de Santa Maria (Fadisma). É autor dos livrosCondomínio e Incorporação no Registro de Imóveis e “Alienação Fiduciária da Lei nº 9.514”. Sócio-fundador e membro de diversas Diretorias do Colégio Registral do RS, fatos que lhe geraram a oportunidade de estar à frente de duas gestões da entidade (nos biênios de 2010/2011 e de 2014/2015), Mezzari presidiu também a Associação dos Notários e Registradores do Rio Grande do Sul (Anoreg/RS) e esteve na vice-presidência do Sindicato dos Registradores Públicos do Estado do RS (Sindiregis). Durante sua trajetória no Colégio Registral do RS participou da elaboração da Consolidação Normativa Notarial e Registral (CNNR), junto à Corregedoria Geral da Justiça do Estado do RS (CGJ-RS), desenvolveu boletins de estudos jurídicos e recebeu o título de Mérito Registral. “Participei da entidade desde antes mesmo de sua criação, quando a ideia foi lançada no Encontro Nacional do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (IRIB), em Salvador (BA). Fui apenas mais um dos que abraçaram a luta. Mas o orgulho de pertencer a tão nobre entidade está gravado de modo indelével em minha memória”, disse. Para o registrador, os períodos em que atuou como presidente do Colégio Registral do RS foram de muito trabalho, muitas viagens e de intensa colaboração dos colegas. A conquista que mais marcou sua passagem foi a aquisição da atual sede da entidade, a Casa do Registrador Gaúcho, que ele conta um pouco mais sobre como aconteceu no vídeo ao final da reportagem. “O fato de morar longe de Porto Alegre dificultou uma atuação mais efetiva e a insensibilidade do Poder Judiciário em relação à importância de nossos serviços foram os maiores desafios”, comentou.

Mezzari durante homenagem recebida pelo Colégio Registral do RS

O ex-presidente citou o fato de não ter conseguido auxiliar colegas que perderam suas delegações como a maior frustração que carrega enquanto dirigente classista. “Colegas que participaram de pleitos de remoção lançados pelo Tribunal de Justiça do Estado do RS (TJ/RS), anulados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que perderam suas delegações. Ficaram a mercê de uma insensível atuação do Poder Judiciário como um todo, incluído o CNJ pelo superpoder que detém, o que atingiu situações perfeitamente legais e legítimas, como as do Rio Grande do Sul”, afirmou. Segundo Mezzari, o Colégio Registral do RS é importante para os registradores gaúchos por representá-los frente aos Poderes, uma vez que não existiam interlocutores alinhados com o pensamento da classe para opinar nas decisões. “Registradores eram ilhas de conhecimento e de atuação, poucos se conheciam, todos acabavam por enfrentar a vida profissional de modo individual. Hoje somos uma classe com suficiente união para enfrentar os constantes desafios. Somos ouvidos e participamos ativamente da elaboração até mesmo de Provimentos - mesmo que a decisão final seja da CGJ-RS”, relatou. Para o ex-presidente, os serviços extrajudiciais funcionam muito bem, com celeridade e seriedade. “Deixamos de ser funcionários extrajudiciais e passamos a ser profissionais públicos do Direito, e isso exige muito estudo e dedicação”, afirmou. No entanto, Mezzari ressalta a importância da união da classe e preservação da imagem da entidade para o confronto de novos desafios, como o contínuo avanço da tecnologia. “Precisamos enfrentar as mudanças geradas pela informatização, interligar nossos serviços e permitir acesso remoto, tudo sem perder de vista a fundamental segurança jurídica de nossos atos. A classe precisa demonstrar união em torno de nossos dirigentes, reforçando a imagem da entidade e apoiando aqueles que abraçam a luta de gerir nossas causas”, opinou. O recado que Mezzari deixa aos colegas de profissão é: “Unam-se a nossos dirigentes, somente assim conseguiremos vitórias”. [video width="640" height="352" mp4="http://www.colegioregistralrs.org.br/img/2020/09/WhatsApp-Video-2020-09-03-at-21.00.21.mp4"][/video] Fonte: Caroline Paiva Assessoria de Comunicação Colégio Registral do RS