Projeto 40 Anos Fazendo História entrevista Emir Borges Wolffenbuttel – Sócio-fundador do Colégio Registral do RS

#40anoscolégioregistraldors Para marcar seus 40 anos em 2020, o Colégio Registral do Rio Grande do Sul está contando um pouco de sua história e de sua atuação, por meio da vivência de importantes pessoas que contribuíram para seu desenvolvimento, como os sócios-fundadores. O objetivo é compartilhar experiências e homenagear a relevante participação destas pessoas, para mantermos vivas as memórias da instituição. Confira abaixo a entrevista com o sócio-fundador Emir Borges Wolffenbuttel, registrador do Ofício de Registros Públicos de Getúlio Vargas (RS) e associado ao Colégio Registral do RS desde sua fundação. Colégio Registral do RS – Como se sente em fazer parte dos 40 anos de história do Colégio Registral do RS, sendo parte fundamental de sua instituição? Emir Borges Wolffenbuttel - "Agradecido e orgulhoso, pois é uma entidade que nasceu para trabalhar pela classe registradora, papel que desempenha com afinco e dedicação por seus representados, com uma Diretoria sempre capaz e ativa. Sou cartorário há 58 anos. Trabalhei nos primeiros 12 anos na área judicial, tendo atuado em todos os cartórios. Após esse período, concursado, assumi o Registro Geral de Imóveis, como titular e também como designado. Atualmente sou titular do Cartório de Registros Públicos de Getúlio Vargas (RS) e interino no Tabelionato e Registro Civil de Estação, há 15 anos." Colégio Registral do RS – Na sua opinião, quais as maiores conquistas da entidade para a classe registral nestes 40 anos de atuação? Emir Borges Wolffenbuttel - "O Colégio Registral do RS é só conquista para a classe. Sempre esteve à frente para resolver, ou tentar resolver, todos os problemas que surgiram nesses 40 anos, em uma luta incessante. Destaco, todavia, a luta para resolver a arrecadação do Registro Civil, advinda com os Centros de Registro de Veículos Automotores (CRVAs) e com a renda mínima." Colégio Registral do RS – Para o senhor, qual é a importância do Colégio Registral do RS para a classe registral gaúcha? Emir Borges Wolffenbuttel - "É um ponto de agregação da classe registradora gaúcha, sempre pronta a orientar, e representá-la em nível estadual e nacional." Colégio Registral do RS – Qual sua visão sobre a atividade extrajudicial atualmente? Emir Borges Wolffenbuttel - "Houve um grande avanço com a vinda da informática, facilitando muito a atividade cartorária. Para os mais antigos, o sistema digital trouxe alguma preocupação pela dificuldade em adaptar-se. A era da informática foi, no início, uma nova etapa na atividade já superada." Colégio Registral do RS – E seu recado para quem nos lê? Emir Borges Wolffenbuttel - "Vejo com muita preocupação a interinidade existente no Estado e no País. Alguém sem nenhum vínculo cartorário responde por uma serventia indefinidamente, sob a administração do Poder Judiciário. Digo administração do Tribunal, pois o interino é subordinado a qualquer ato administrativo à Direção do Foro, até para compra de material indispensável ao funcionamento. Está em vigor as centrais de atos cartorários. Também criada a matrícula única nacional, o que já acontece com o Registro Civil. O registrador já não é o mesmo. Desejo muita sorte aos novos colegas, mas, confesso, não vejo um futuro muito promissor. Acho que logo teremos renda fixa, ou seja, salário. Agradecido pela lembrança, o contato, e a possibilidade de manifestar-me quanto a esta data que comemora um marco tão importante aos registradores: a criação do Colégio Registral do RS." Fonte: Caroline Paiva Assessoria de Imprensa – Colégio Registral do RS