O Colégio Registral do Rio Grande do Sul continuamente realiza uma série de entrevistas, que buscam contar a história dos seus associados. O objetivo é homenageá-los, mostrando um pouco do que pensam e do seu dia a dia, para que todos conheçam esses que também fazem parte da instituição.
Neste mês, entrevistamos Adriana Azevedo do Amaral, titular do 1º Ofício do Registro Civil das Pessoas Naturais, das Pessoas Jurídicas e de Títulos e Documentos de Rio Grande e também interina de outras serventias e Centros de Registro de Veículos Automotores (CRVAs) no Sul do estado. Com 60 anos de idade e uma trajetória profissional marcada pela dedicação e um olhar atento às necessidades da sociedade, Adriana compartilha conosco sua rotina, paixões e perspectivas sobre o futuro da atividade registral.
Adriana Azevedo do Amaral é uma profissional experiente e com uma longa história no serviço público. Divorciada, ela é mãe de um filho de 27 anos, que segue seus passos no Direito, sendo graduado pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e atuando como substituto na serventia da mãe.
Fora do ambiente de trabalho, Adriana encontra equilíbrio e inspiração em seus hobbies como assistir filmes, séries, ler e passear com seu cachorro. Sua paixão pela leitura é notável, com um gosto eclético que abrange poesia, romance, biografia e livros de cunho espiritual, destacando autores como Fernando Pessoa, Virginia Woolf e Albert Camus.
É associada do Colégio Registral do RS há cerca de 30 anos. Antes de se tornar registradora, Adriana construiu uma base sólida como servidora do Judiciário estadual desde 1988, atuando como oficial escrevente e oficial ajudante. Em 1992, deu um passo importante em sua carreira ao assumir como titular da serventia de Rio Grande, onde exerce a profissão até hoje.
Conciliar a vida pessoal com a desafiadora rotina de administração do cartório é um exercício diário para Adriana. Acorda cedo para meditar, praticar exercícios e fazer orações. Seu dia de trabalho é intenso, dividindo-se entre o cartório e o CRVA e, depois disso, a prioridade é o descanso, buscando dormir cedo.
"Hoje são dois cartórios e dois CRVAs em função da interinidade. Tento dividir minha rotina de forma a atender as demandas de todos de maneira equânime", explica.
No âmbito profissional, Adriana revela sua predileção pelo Registro Civil das Pessoas Naturais. Quando perguntada sobre o que mais gosta de fazer no cartório, ela destaca: "Análise e conferência". Já a parte administrativa é o que menos a agrada.
Felizmente, a serventia de Adriana em Rio Grande foi poupada dos impactos diretos das recentes enchentes dos últimos dois anos que assolaram o estado.
"Minha serventia está localizada em uma região que, pela sua posição geográfica, não foi afetada pelas enchentes. O cartório fica em uma região central da cidade", relata, evidenciando um ponto positivo em meio à tragédia.
Ao refletir sobre a importância da classe registral para a sociedade, Adriana é enfática: "A classe registral é importante promotora da desjudicialização e desburocratização, ajudando a prevenir conflitos jurídicos e, sobretudo, facilitando o acesso a direitos fundamentais, especialmente no Registro Civil das Pessoas Naturais".
A contribuição do Colégio Registral do RS para a classe é igualmente valorizada pela associada.
"O Colégio Registral do RS é uma entidade que proporciona o debate e promove a integração entre todos os profissionais da área na região. Um exemplo importante é o grupo de Perguntas & Respostas, que é um meio de suporte para profissionais com diferentes demandas, proporcionando a uniformização de entendimentos", comenta.
Olhando para o futuro, a registradora acredita que com o avanço tecnológico o mundo ficará cada vez mais digital.
"A tendência da atividade extrajudicial é integrar essas novas ferramentas e plataformas", complementa.
O Colégio Registral do RS agradece à associada Adriana Azevedo do Amaral por compartilhar sua experiência e suas percepções que, sem dúvida, além de inspirar outros associados, evidenciam a importância do trabalho dos registradores para a sociedade gaúcha.
Fonte: Leonardo Melgarejo
Assessoria de Comunicação - Colégio Registral do RS