Clipping - Valor Econômico - Setor imobiliário pressiona Guedes para ampliar Casa Verde e Amarela

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Em reunião ontem, representantes do mercado imobiliário pressionaram o ministro da Economia, Paulo Guedes, para aprovar mudanças propostas no fim de maio que aumentariam o alcance do programa habitacional Casa Verde e Amarela.

Segundo fonte ouvida pelo Valor, a reunião durou cerca de duas horas. Estavam presentes, além do ministro, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França, a secretária Especial de Produtividade e Competitividade, Daniella Marques, além do presidente da Tenda, Rodrigo Osmo, do presidente da Direcional, Ricardo Valadares, do fundador e do copresidente da MRV, Rubens Menin e Eduardo Fischer, e do diretor institucional da Cury, Ronaldo Cury. Os executivos são também conselheiros ou associados à Abrainc.

Começou a valer no início do mês um aumento de 0,15% no multiplicador de subsídio do programa, o que eleva de 12,5% a 21,4% o valor a ser recebido, até o teto de R$ 47,5 mil. A medida vale até o fim do ano.

Outras promessas ainda precisam ser aprovadas. Entre elas, o aumento de R$ 4 mil para R$ 4,4 mil na renda máxima familiar do grupo 2 do programa, e de R$ 7 mil para R$ 7,7 mil no grupo 3.

Há ainda a redução de um ponto percentual na taxa de financiamento da linha Pró-Cotista, oferecida pelos bancos públicos e que utiliza recursos do FGTS. Essa linha pode ser usada por trabalhadores que contribuam para o FGTS por pelo menos três anos, para comprar imóveis de até R$ 1,5 milhão.

Essas mudanças precisam ser aprovadas pelo Conselho Curador do FGTS, que se reúne no próximo dia 23. O mercado pressiona para que a decisão favorável ocorra já neste mês e não fique para agosto, data da reunião seguinte.

Por fim, a MP do Crédito (MP 1.114/2022), editada em abril, prevê que financiamentos do Casa Verde e Amarela sejam cobertos pelo Fundo Garantidor de Habitação Popular (FGHab) e aguarda votação.

Procurado, o Ministério da Economia informou que a reunião foi fechada e que a assessoria de imprensa não dispunha de informações sobre a pauta. A Abrainc não se manifestou sobre o conteúdo do encontro.

Fonte: Valor Econômico