Existe a preocupação no governo que o aumento da taxa de juros (Selic), associada à inflação mais alta, torne ainda mais complicado o acesso desse público os empréstimos
Em ano eleitoral, o governo quer destravar os financiamentos da baixa renda com recursos do FGTS para famílias mais carentes. Uma das medidas para atender esse objetivo, apresentada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e aprovada quinta-feira pelo conselho curador do fundo, foi o aumento de R$ 2 mil para R$ 2,4 mil da renda das famílias para enquadramento do grupo 1 do Programa Casa Verde e Amarela.
Os financiamentos para esse público têm despencado e existe a preocupação no governo que o aumento da taxa de juros (Selic), associada à inflação mais alta, torne ainda mais complicado o acesso desse público os empréstimos que têm como funding o FGTS.
Segundo o MDR, o número de imóveis contratados com essa faixa de renda recuou de 149.805 unidades em 2018 para 80.299 em 2021. Com isso, R$ 1,4 bilhão dos R$ 8,5 bilhões reservados pelo fundo em 2021 para concessão de desconto em financiamento habitacional não foi usado. Com o ajuste nas regras a expectativa é de que o orçamento para essa finalidade, também de R$ 8,5 bilhão para este ano, seja integralmente usado.
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