Clipping - Valor Investe - Imóveis tem maior alta de preço desde 2014, aponta FipeZap

O preço dos imóveis residenciais teve um avanço de 0,57% no mês de junho, aponta o Índice FipeZap, que monitora anúncios de imóveis à venda em 50 cidades brasileiras, incluindo 16 capitais. A alta nominal, que não considera a inflação do período, é a maior desde agosto de 2014, último ano do ciclo de forte valorização do mercado imobiliário.

Apesar do avanço, no acumulado do ano a inflação oficial (IPCA) superou o aumento visto no preço dos imóveis. O índice de preços avançou 3,82% na primeira metade de 2021, segundo dado estimativo do último Boletim Focus, enquanto o preço médio dos imóveis registou acumulado de 2,17% no ano, o que representaria queda real de 1,58% no valor dos bens residenciais.

Já no comparativo dos últimos 12 meses, os preços de imóveis estariam 3,36% abaixo da inflação.

O mercado imobiliário tem passado por momentos de recuo e estagnação de preços desde 2017. Nos últimos dois anos, no entanto, ensaia uma recuperação, com leves valorizações dos imóveis, ainda que abaixo da inflação na maioria dos recortes.

Pelo terceiro mês seguido em 2021, a variação de preço de imóveis residenciais registra avanços, apesar do desemprego e da pandemia.

Em junho, 15 das 16 capitais monitoradas pelo índice tiveram alta de preço, com destaque para Manaus (+2,14%), Vitória (+1,60%), Brasília (+1,49%), Curitiba (+1,47%), Goiânia (+1,40%), Florianópolis (+1,26%), Maceió (+0,81%), Fortaleza (+0,72%) e Porto Alegre (+0,64%). Somente Campo Grande (MS) teve desvalorização de 0,94%.

O índice também elenca o valor médio do metro quadrado nas capitais brasileiras. Mesmo com a forte desvalorização dos últimos anos, o Rio de Janeiro ainda tem valor mais elevado na hora de comprar um imóvel.

Capitais mais caras:
  • Rio de Janeiro (R$ 9.545/m²)
  • São Paulo (R$ 9.529/m²)
  • Brasília (R$ 8.336/m²)
Capitais mais baratas:
  • Campo Grande (R$ 4.327/m²)
  • João Pessoa (R$ 4.692/m²)
  • Goiânia (R$ 4.721/m²)
Fonte: Valor Investe