Clipping - GZH - Com pandemia, registro de óbitos em Caxias do Sul cresce 55,9% em relação a média histórica

A mortalidade provocada pela covid-19 em Caxias do Sul se evidencia também no registro de óbitos. Segundo levantamento divulgado pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais, o primeiro ano da pandemia, de março de 2020 a fevereiro de 2021, teve 3.840 mortes registradas nos Cartórios de Registro Civil do município, recorde desde o início da série histórica, em 2003.

O número traz 1.377 falecimentos a mais do que a média dos mesmos períodos desde 2003, o que corresponde a uma alta de 55,9% em relação à média. Na comparação ao exato ano anterior da pandemia, março de 2019 a fevereiro de 2020, o aumento foi de 24,9% no número de falecimentos.
Já o Rio Grande do Sul fechou o ano da pandemia com um total de quase 100 mil mortos, o que também representa um recorde. No Estado, o período de março de 2020 a fevereiro de 2021 totalizou 96.987 mil mortes, 17.315 a mais do que a média dos mesmos períodos desde 2003. Em termos percentuais, significa um crescimento de 21,7% de óbitos em relação à média histórica. Na comparação em relação ao exato ano anterior da pandemia, março de 2019 a fevereiro de 2020, o aumento foi de 7,8% no número de falecimentos.
Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil, base abastecida pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País. A administração é da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que cruza os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nas informações dos próprios cartórios brasileiros.
Recorde em fevereiro
O agravamento da pandemia fez de fevereiro deste ano o mês mais mortal dentro da própria série histórica no município, com um total de 303 óbitos registrados pelos cartórios no período _ são 94 mortes a mais do que a média para o período, o que representa alta de 30,9%. Na comparação com fevereiro de 2020, o crescimento foi de 22,67%. O número de óbitos registrados nos meses de 2021 ainda pode vir a aumentar, assim como a variação da média anual e do período, uma vez que os prazos para registros chegam a prever um intervalo de até 15 dias entre o falecimento e o lançamento do registro no Portal da Transparência. Apesar da alta nos registros, ainda não há reflexos no atendimento. Segundo a 2ª substituta do Cartório de Registro Civil da 1ª Zona, Tatielem Santos de Souza, não há acúmulo de demanda, nem formação de filas no local. O tempo de espera é de 15 a 20 minutos, no máximo.
Fonte: GZH