As empresas do setor imobiliário seguiram a premissa de tirar boas coisas de um período difícil. As incorporadoras e construtoras tiveram a oportunidade de trabalhar de forma mais calma, corrigindo seus erros de percurso, revendo processos e evoluindo em seus produtos.
O consumidor, por sua vez, passou a refletir mais a partir das opções de imóveis disponíveis, estudando as ofertas do mercado, analisando melhor todas as possibilidades a fim de escolher o produto que atenda melhor às suas expectativas e necessidades. Esse contexto exigiu das incorporadoras uma performance mais eficiente para atrair esse “novo” consumidor.
O mês de julho, em que tradicionalmente o
setor imobiliário paulista tem um desempenho mais morno por conta do período de férias, teve resultados bastante animadores, que continuaram a crescer desde então.
O terceiro trimestre acumulou uma movimentação forte de vendas: não foi o mesmo desempenho do mesmo período do ano anterior, mas chegou a pelo menos 85% dele, o que é um saldo positivo, considerando o contexto atual.
Enquanto se imaginava um reflexo negativo, o setor imobiliário de São Paulo já tinha vendido 50% de seus lançamentos previstos, segundo mostram os números apresentados pelas construtoras no trimestre. Vários lançamentos devem reforçar esses números até o final do ano.
Esse desempenho traz para o setor imobiliário prognósticos muito positivos de consolidação em um ano que levou muitas empresas de diversos setores a encerrarem suas atividades e outras ainda estão em marcha lenta no processo de retomada.
O setor deve chegar ao final desse ano – que muita gente quer riscar do caderno – não com os resultados que se projetava em 2019, mas mesmo assim o cenário não é desanimador. Muito pelo contrário.
Enquanto muitas incorporadoras oferecem lançamentos ainda para este ano, outras se preparam para apresentar suas novidades – que não foram para o mercado por conta da pandemia – no início de 2021, que vai esquentar a concorrência e as vendas.
Esse bom prognóstico só será interrompido se a vacina do Coronavírus não estiver disponível até o final do primeiro trimestre do próximo ano, o que pode gerar uma segunda onda da doença e levar todo mundo para dentro de casa novamente.
Fonte: Jornal Jurid