Projeto 40 Anos Fazendo História entrevista Délcio Edgar Heinrich – Sócio-fundador do Colégio Registral do RS

Para marcar seus 40 anos em 2020, o Colégio Registral do Rio Grande do Sul está contando um pouco de sua história e de sua atuação, por meio da vivência de importantes pessoas que contribuíram para seu desenvolvimento, como os sócios-fundadores. O objetivo é compartilhar experiências e homenagear a relevante participação destas pessoas, para mantermos vivas as memórias da instituição. Confira abaixo a entrevista com o sócio-fundador Délcio Edgar Heinrich, registrador do cartório de Registro de Imóveis de Venâncio Aires (RS) e associado ao Colégio Registral do RS desde sua fundação.

"O Colégio Registral do RS é de extrema importância para a uniformização dos serviços registrais e notarias, esclarecimento de dúvidas dos titulares e prepostos" - Délcio Edgar Heinrich, sócio-fundador

Colégio Registral do RS – Como se sente em fazer parte dos 40 anos de história do Colégio Registral do RS, sendo parte fundamental de sua instituição? Délcio Edgar Heinrich - "Sinto-me orgulhoso de ser  integrante de uma instituição valorosa e de grande importância na conjuntura organizacional da sociedade, por oferecer segurança jurídica aos seus usuários, tendo como base a carta magna.  Iniciei na carreira extrajudicial muito cedo, com apenas 24 anos. No ano de1968, por meio da aprovação em concurso público, assumi o cargo de titular do Tabelionato de Notas e Protesto da Comarca de Nova Prata (RS). Já em 1971, com a aprovação em novo concurso, assumi como titular do Ofício dos Registros Públicos da Comarca de Santo Augusto (RS), que abrangia os municípios de Chiapetta, Coronel Bicaco, São Martinho e Campo Novo. Por fim, em 1998, fui removido para o Registro de Imóveis de Venâncio Aires (RS), onde permaneço até hoje". Colégio Registral do RS – Quais foram as suas principais participações na criação da entidade e na construção de seus feitos? Délcio Edgar Heinrich - "No prelúdio, elaboramos maneiras propícias para o crescimento e fortalecimento da instituição, por meio de encontros e reuniões mensais e, posteriormente, reuniões com os colegas da região Noroeste do estado, sobrepujando assim a distância da capital". Colégio Registral do RS – Na sua opinião, quais as maiores conquistas da entidade para a classe registral nestes 40 anos de atuação? Délcio Edgar Heinrich - "Foram muitas as conquistas e defesas para a classe, como por exemplo a regulamentação dos concursos públicos de ingresso na carreira registral e notarial. Ainda, na atual conjuntura, o nosso reconhecimento como serviço essencial, o fortalecimento e manutenção da Lei dos Emolumentos, o reconhecimento da seriedade do trabalho desenvolvido pela classe e a criação da  Consolidação Normativa Notarial e Registral (CNNR)". Colégio Registral do RS – Para o senhor, qual é a importância do Colégio Registral do RS para a classe registral gaúcha? Délcio Edgar Heinrich - "De extrema importância para a uniformização dos serviços registrais e notarias, esclarecimento de dúvidas dos titulares e prepostos, apoio e acolhimento entre os colegas e demonstração de união e força do segmento dentro do estado e perante as autoridades constituídas". Colégio Registral do RS – Qual sua visão sobre a atividade extrajudicial atualmente? Délcio Edgar Heinrich - "No presente momento, a atividade extrajudicial não está sendo reconhecida com o seu devido valor, com a seriedade, responsabilidade e o zelo com que nos dedicamos para a profissão. Há a dificuldade em demostrar  a segurança jurídica e a expertise que a atividade extrajudicial passa para o cidadão, pois diariamente sofremos ataques injustos de pessoas que desconhecem o nosso trabalho e que lesam nossa imagem". Colégio Registral do RS – E seu recado para quem nos lê? Délcio Edgar Heinrich - "Se faz urgente a padronização nacional das tabelas de emolumentos e exigências para execução dos atos, evitando assim as discrepâncias absurdas de um estado para o outro dentro do próprio país, o que acaba maculando a imagem da classe. É de primordial importância o esclarecimento da população sobre a divisão dos emolumentos, de forma visual, por meio de gráficos explicativos sobre o destino dos valores cobrados. A classe precisa se manter unida e forte, porque grandes são as mudanças anunciadas para o enfraquecimento da categoria". Fonte: Caroline Paiva Assessoria de Imprensa – Colégio Registral do RS