Capacitação é a palavra de ordem, alerta Head da Minsait Falar de avanços tecnológicos no mundo, hoje, é sinônimo de expressões como “big data”, “analytics”, “transformação digital” e “disrupção”, que muitas vezes trazem em si a percepção de que algo muito complexo e abstrato está acontecendo dentro de diferentes companhias – cujo impacto é feroz e cada vez mais ágil. Essa ideia não está totalmente errada, mas, trazendo o conceito para o cenário brasileiro, é possível perceber que a maior parte das empresas brasileiras estacionaram, estão a dois passos atrás se comparadas às comapnhias do mesmo setor em países que são investidores altos em tecnologia, principalmente quando se trata do uso de tecnologias avançadas. Ainda se investe pouco do capital em inovação e o que se faz, certamente deve ter sido testado exaustivamente pelo mercado antes de ser adotado. Isso não quer dizer que o potencial de transformação não possa ser sentido no país, mas que existe um entrave essencial a ser superado antes que essa realidade possa se disseminar de forma homogênea: a governança de dados. E o que isso significa? Na prática, que grande parte das companhias está investindo em ferramentas de TI inspiradas pelos resultados que podem trazer, mas, por falta de conhecimento ou experiência, fracassa. Para ter uma ideia, estimativas da Bain&Company revelam que a transformação digital só atinge êxito total em 12% das empresas. Isso está relacionado a diferentes fatores, é claro, mas há que se considerar o fato de que companhias ainda não sabem usar o potencial que seus próprios dados têm a oferecer. Isso é possível porque grande parte das empresas – em todos os setores – ainda está organizando as informações que armazena, motivadas principalmente pela aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), cuja vigência no Brasil começa em agosto do próximo ano. Independente dos motivos que levam as companhias a começarem a procurar e organizar os dados que possuem, a iniciativa em si é extremamente válida. Ela é a base para que as empresas possam começar a ter insights relevantes a respeito dos próprios produtos e serviços, além de observar o mercado com mais afinco e ter a possibilidade de reagir de forma cada vez mais assertiva. Isso, é claro, repercute na sociedade. Hoje, economias maduras já pensam no próximo passo além do Big Data e da inteligência artificial, indo além das formas tradicionais de automatização de processos para criar tarefas 100% automatizadas por robôs inteligentes. Para isso, é necessário que cada vez mais pessoas tenham a capacidade de reunir os dados que são vitais para a organização e analisá-los de modo a tirar o máximo das informações obtidas. Capacitação é a palavra de ordem nesse momento. Líderes necessitam estar cada vez mais informados a respeito das tecnologias adequadas para cada empresa e, mais do que isso, precisam reunir equipes multidisciplinares, capazes de analisar, reunir e segmentar informações valiosas para, então, aplicar processos de tecnologias avançadas capazes de trazer resultados cada vez melhores. No Brasil temos uma dificuldade grande em obter mão de obra qualificada e estudos garantem que se não começarmos agora, desde o ensino médio preparando os jovens para o mundo digital e dos dados, teremos um blackout sério de recursos humanos para tocar estas tecnologias avançadas já nos próximos três a cinco anos. Mas, é importante saber como tudo começa. Segue um roteiro breve que as empresas devem prestar atenção: